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Foi em um cenário de grande intensidade e renovações no início do século XX, onde dividia medos e angústias do Modernismo, que o poeta Mário de Sá-Carneiro se suicida em Paris, no dia 26 de abril de 1916. Apenas 26 anos. As crises familiares, econômicas pela falência do pai e um isolamento forçado, em busca de se auto compreender nos deram um dos maiores poetas portugueses da geração Orpheu. E essas mesmas questões, visíveis na sua escrita, também nos tiraram sua história e vida.
Entre cortes de sonetos e poemas mais livres, a obra de Mário é um expoente do que foi o modernismo em Portugal. Junto de Fernando Pessoa, o poeta de embrenhava em versos sombrios e carregados como Tu crias em ti mesmo e eras corajoso,/ Tu tinhas ideais e tinhas confiança,/ Oh! quantas vezes desesp’rançoso,/ Não invejei a tua esp’rança! (A um suicida, 1910). Sua obra fomentou o que viria depois, mesmo com sua vida breve, influenciando e dividindo valores na literatura que temos hoje, tratando de diversidade, morte e ausência.
FONTE:SÁ-CARNEIRO, Mário de. Correspondência com Fernando Pessoa. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
Texto: Marlus Alvarenga
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